URGENTE: Meta pode ser obrigada a vender WhatsApp e Instagram
Futuro do WhatsApp e Instagram em jogo: Meta enfrenta julgamento antitruste a partir desta segunda
Washington, 15 de abril de 2025 – A Meta, gigante da tecnologia que controla plataformas como Facebook, WhatsApp e Instagram, está prestes a enfrentar um dos julgamentos mais significativos da sua história recente. A partir desta segunda-feira, a empresa será julgada nos Estados Unidos por supostas práticas anticompetitivas, e pode ser obrigada a vender dois dos seus principais ativos: o WhatsApp e o Instagram.
O processo é movido pela Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC), em conjunto com procuradores de diversos estados americanos. Eles alegam que a Meta adotou uma estratégia para eliminar rivais emergentes ao longo da última década, principalmente por meio das aquisições do Instagram, em 2012, e do WhatsApp, em 2014.
Segundo os reguladores, essas compras não foram apenas movimentos de mercado, mas parte de um plano para sufocar a concorrência e manter o monopólio no setor das redes sociais. A acusação defende que, ao incorporar essas plataformas ao seu ecossistema, a Meta impediu o surgimento de alternativas viáveis ao Facebook, consolidando um domínio perigoso sobre a comunicação digital.
A Meta, por sua vez, nega as acusações. Em sua defesa, a empresa afirma que as aquisições foram aprovadas pelos órgãos reguladores na época e que ambas as plataformas cresceram exponencialmente sob sua gestão, trazendo benefícios para os usuários.

Especialistas em direito antitruste veem o julgamento como um marco para o setor de tecnologia. “É o primeiro grande caso antitruste da era digital que realmente pode levar à divisão de uma big tech”, afirma Lauren Michaels, professora de direito da Universidade de Stanford. “Se a FTC vencer, isso pode abrir caminho para ações semelhantes contra outras gigantes do setor.”
A possível cisão da Meta teria efeitos profundos no mercado global. O WhatsApp é hoje o principal aplicativo de mensagens do mundo, com mais de 2 bilhões de usuários. Já o Instagram, plataforma dominante entre o público jovem, é peça-chave na estratégia de publicidade e influência da empresa.
O julgamento deverá se estender por várias semanas, com depoimentos de executivos, especialistas e análise de documentos internos da Meta. A expectativa é que a decisão final ainda leve meses, podendo inclusive ser levada à Suprema Corte dos Estados Unidos, dependendo do desfecho.
Enquanto isso, o mercado acompanha com atenção. As ações da Meta já mostraram sinais de instabilidade nas últimas semanas, refletindo a incerteza sobre o futuro da companhia.
Independentemente do resultado, este caso promete reconfigurar as discussões sobre monopólio no setor tecnológico e reacender o debate sobre até onde o poder das big techs deve ir — e o que governos devem fazer para contê-lo.